30 de abril de 2010

Amor, segundo Wong Kar Wai


ao recolher informação para um trabalho que estou a fazer sobre o In the Mood for Love de Wong Kar Wai, encontrei este artigo engraçado.

Love - Things Wong Kar-wai Taught Me About Love

Requited love is an impossibility.

You will fall in love only once. Obstacles will prevail. The rest of your life is spent recovering.

Eroticising their possessions will be the pinnacle of your sexual fulfilment.

Anything that distracts you from the pain of your loss is good. Some people are more successful in this regard than others.

Hook up with someone. Live with them. Sleep with them. Tag along. Don't be fooled. You are only a transitory distraction. Ask for commitment. Declare your love. Watch the set up evaporate.

The most potent way to exist is to occupy someone else's imagination.

Desire is kept eternally alive by the impossibility of contact.

Modern communication enabling technologies will only heighten your sense of desolation by making you more keenly aware of the fact that no one is trying to call.

by Alice Dallow

27 de abril de 2010


Love is our resistance
They'll keep us apart and they wont to stop breaking us down
Hold me
our lips must always be sealed
.

(muse)

20 de abril de 2010

makes me look the way I feel.


the mirror...it's broken.
yes, I know. I like it that way. makes me look the way I feel.

(the apartment de billy wilder)

14 de abril de 2010

fica ao menos o tempo de um cigarro.


Fica ao menos o tempo de um cigarro, evita
comigo que este tempo ande. Lá fora estão as
casas, vive gente perto do candeeiro, o som
que nos chega apagado pela distância só
denuncia o nosso silêncio interrompido.
Ajuda-me, faremos o inventário das coisas
que quisemos fazer e não fizemos, mágoas
que deixámos esquecidas entre o ruído das
cidades. Fica, não te aproximes, nenhum
dia é menos sombrio, quando anoitecer vamos
ver as árvores caminhando cercando a casa.
(hélder moura pereira)

e todas as noites ele partia deixando para trás a promessa de voltar amanhã. e todas as noites ela o via partir junto à janela, agarrada àquelas palavras, seguindo com o olhar o homem que se misturava com o horizonte. a promessa de um amanhã mais demorado. maldito relógio que assinala a hora de partida dos amantes.

12 de abril de 2010

o beijo.

(Robert Doisneau)

está uma tarde fria.

e a tonalidade do céu reflecte o cansaço dos que lutam contra o tempo.

percorro o passeio e penso na solidão das pessoas, alheias a tudo o que s rodeia. cegas, invisíveis. submersas na imensidão da cidade da qual não sentem fazer parte. todos temos pressa. pressa de chegar. pressa de viver. pressa de morrer.

chega.

sente cada pedra da calçada. recusa a fugacidade do tempo. vive em slow-motion.

….

beija-me, take my breath away.