hoje tenho saudades. picos no peito que me incomodam, que me embrulham numa nostalgia que se esconde atrás de um suspiro demorado. não tenho saudades do que já foi. mas hoje percebi o quão frágil é o tempo, e o quão inacessíveis são as nossas experiências mais marcantes. conheci o mundo criança. desse mundo, poucas são as recordações verdadeiramente nítidas. são como que polaroids gastas com o passar dos anos. assistimos, inevitavelmente, sem querer, à sua progressiva degradação.
hoje, na faculdade de letras, por uns breves momentos, regressei à àsia. e não soube dizer se era da minha àsia de que falavam. tenho saudades.